segunda-feira, 28 de novembro de 2011

De babá a top model GG


A modelo GG Fluvia Lacerda, que faz o maior sucesso nos Estados Unidos, conta sua história de sucesso e dá dicas de estilo


De babá a top model GG

Fluvia é contratada pela agência ameriana
Elite e tem trabalho de sobra como modelo!
Foto: Marcelo Kura
Não é preciso olhar duas vezes para se encantar com a beleza de Fluvia Lacerda, 28 anos. A carioca irradia alegria, sensualidade e elegância. E quanta personalidade! A modelo de tamanhos grandes, manequim 48, 1,72 m de altura, defende que a mulher deve amar o próprio corpo, do jeitinho que ele é. O que não significa deixar de se cuidar nem de ousar no guarda-roupa.


Em entrevista exclusiva à Viva!, Fluvia revela seus segredos de moda e ensina como você também pode usar as roupas para valorizar suas curvas. E, na última página da matéria, ainda contamos como essa brasileira se tornou exemplo de sucesso. Afinal, Fluvia, uma das mais aclamadas modelos do segmento GG no mundo (contratada da agência Elite americana), tem casas em três continentes, passa boa parte de seu tempo viajando, mora há dez anos com um australiano "gostosérrimo" e ainda encontra  tempo para mimar sua filha, Lua, 8. Poderosa, não? Pois agora é hora de você seguir os passos da top!



Como se tornou modelo internacional?

Fluvia - Aos 17 anos, terminei o colégio e fui para Nova York estudar inglês. Mas, com as dificuldades financeiras da minha família, acabei ficando nos EUA. Trabalhei como faxineira, lavadora de pratos e babá. Um dia, no ônibus, uma mulher perguntou qual era o meu manequim. Achei uma grosseria! (risos) Então, ela explicou que era editora de uma revista de moda e que, com o rosto que eu tinha, poderia ser modelo GG. Eu nem sabia que isso existia. Após conversar com meu marido, decidi tentar. Isso foi há cinco anos.

Quais são as exigências da profissão?

Fluvia - Exige-se manequim entre 42 e 50. E tudo durinho. Barrigão, nem pensar! Por isso, faço ginástica regularmente e cuido da alimentação. Fast food, por exemplo, não como há anos.

Como vê a moda para mulheres cheinhas?

Fluvia - Nos EUA, não importa em qual loja eu entre, sei que vou encontrar minha numeração. Aqui no Brasil é um desastre! Tudo de malha e muito largo. Poxa, porque sou cheinha não posso vestir um tomara que caia, um terninho? Nesse país, quem fizer roupas de verdade para as gordinhas ficará milionário. Ainda não perceberam que, hoje, a maioria das mulheres usa entre 42 e 48. Quem veste 36 é que está fora do padrão e precisa de numeração especial!

Há um preconceito contra as gordinhas?

Fluvia - Acho que as mulheres hoje em dia estão tão acostumadas a só ver defeitos em suas formas que ficou difícil para qualquer uma gostar do próprio corpo. Aceitar elogio virou arrogância! Como assim – você realmente se acha bonita? Tem que alisar o cabelo, perder peso, ficar mais alta... Todos os dias, quando acordo, agradeço a Deus pelo corpo que tenho. Ele permite que eu faça tantas coisas!

Mas há uma linha tênue entre gostar de si mesma e se conformar com o físico que se tem. Como dosar isso?

Fluvia - Achar-se linda e maravilhosa não significa deixar de se cuidar ou de trabalhar para chegar ao corpo que gostaria de ter. Eu sou extremamente vaidosa. Adoro me maquiar, arrumar o cabelo, comprar roupas. A questão aqui é refletir sobre por que só quem usa 38 pode ser símbolo de beleza. Quem estipulou isso? Devemos, sim, buscar nosso ideal estético, mas sem esquecer que, independentemente disso, ainda temos charme e sensualidade de sobra. A mulher deve reconhecer seus pontos positivos, se orgulhar deles e usar essa confiança para ficar cada vez melhor.

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