sábado, 28 de abril de 2012

OU EU OU ELE ...O QUE ACONTECEU COM O NÓS

Há dois dias sem o namorido em casa. Ele foi viajar a trabalho. Deve voltar hj no fim da tarde.
Nem deu pra sentir saudade ainda. Uma saudadinha bem pequeninha, no máximo. Mas acho que isso é normal, afinal, a gente mora junto.
Anormais foram outros sentimentos que me surgiram nesses dias.
No primeiro dia de manhã, logo depois que ele saiu. Inventei uma roupa diferente, coloquei um salto, maquiagem, cabelinho mto arrumado. Até aí, tudo bem. Me arrumar mais estava nos planos.

No segundo dia, levantei me sentindo leve e alegre. Coloquei novamente uma roupa bonita, salto, maquiagem. Ao meio-dia, cheguei em casa com vontade de cozinhar. Vi meu seriadinho preferido (Pretty Little Liars, Fê Koch). Amei as unhas de uma das personagens. Pensei em fazer igual a noite.Marquei com a minha amiga de tomar banho de piscina na casa dela e, no fim da tarde, enqto tomávamos sol, estava pensando em fazer uma escova no cabelo, ler um livro e em quantas outras coisas mais eu ia fazer a noite.





Sabe o que tudo isso significa? Estava me sentindo estranhamente LIVRE. Quase solteira de novo.
Não que ele me prenda. Mas eu fico sempre planejando coisas em função dele. Sei que isso é errado, mas não consigo evitar. Sempre fico pensando no que ele vai achar, se ele vai gostar, do meu seriado, da minha roupa, do meu cabelo, da minha atitude. Talvez tenha me perdido um pouco de mim mesma nesse trajeto.
Não por mal, apenas por inexperiência.
Ontem, pintei as unhas e logo depois tirei o esmalte.Talvez aquilo fosse demais pro namorido.
Hj, pintei de novo da mesma cor. Quer saber? Se é demais pra ele ou não, eu não sei, mas era o que eu queria fazer.
Às vezes eu fico pensando se não é isso que tem nos faltado... Eu ser eu mesma. Mas daí me lembro que passei a me comportar dessa forma justamente pra me adequar a ele. Meu comportamento e minhas opiniões eram demais pra ele. Causavam mto conflito. E olha que eu não tenho comportamentos inadequados, vergonhosos, liberais demais. Eu apenas sou uma mulher pra frente. Eu penso. E na maioria das vezes, tenho um pensamento mais moderno que o dele.( áureos tempos em que concordávamos em tudo... e olha que nem faz tanto tempo assim).
E eu fico pensando nessa contradição. Ele se apaixonou por mim, qdo eu era eu mesma. Depois, isso passou a não servir mais. Mas, agora que eu faço mto mais o que ele quer (só discordo se for realmente mto importante), parece que também não está servindo. Os conflitos terminaram, mas entramos na geladeira...



Me vem na cabeça aquela velha ladainha de que homem não gosta de mulher que pensa. Ou melhor, até gosta. Tem um tesão danado nela, mas só pra comer de vez em quando. Pra casar, eles querem as "bonecas infláveis", aquelas que só fazem o que eles querem. Afinal, quem aguenta uma mulher inteligente questionando o tempo todo e até tendo razão? É mais fácil uma burrinha que eles comem pensando na mulher inteligente (que não está ali pra dar opinião sobre o desempenho dele na transa).
É horrível, mas me parece ter tanto sentido. Mas é a única coisa que explica o inverno gelado que se abateu sobre a minha casa.
Sim, eu já tentei conversar. A cada conversa, ele vai ficando mais fechado e mais distante. Desisti.
Minha terapeuta sugeriu terapia de casal... Choquei! Menos de um ano juntos e já vamos pra terapia de casal? É um atestado de total incompetência na comunicação por parte de ambos. Sem falar que eu tenho certeza que ele detestaria admitir isso e se ofenderia até com a sugestão disso.
E eu acho que ele teria razão em se ofender. É PÉSSIMO!
A mana diz que talvez ele ouvisse vindo da boca de outra pessoa. Mas eu queria que a primeira pessoa que ele ouvisse fosse eu. Não sei se eu quero abrir mão disso.
Não sei se eu quero isso pra minha vida: medo de conflitos, escolhendo as palavras, a melhor hora pra conversar. Meu Deus, quanta frescura.  Depois dizem que as mulheres é que são frescas.
Eu quero ser natural, ser espontânea e ser amada por isso ou apesar disso. Quero gritar qdo eu tenho vontade. Quero ter o direito de chorar e de sentir raiva, às vezes, sem que isso vire uma guerra.
Quero paixão, quero intensidade de sentimento. Não quero ser o Sr. e Sra Smith no início do filme.
Não acho que isso seja pedir demais.


E o pior: na maior parte do tempo, isso sequer me atinge. Me atinge só qdo ele chega em casa. No resto do tempo, estou bem. E eu não deveria estar mal pq meu relacionamento está estranho?

Tenho pensado em terminar. Minha terapeuta diz que não é a hora. Que eu devo ter paciência com ele... Confesso que tá difícil. Mas se tiver que terminar, vou refletir mto bem sobre o assunto. Não vou tomar nenhuma atitude precipitada.

Mas estou frustrada. Não consigo evitar.

Desculpem o desabafo.
Beijinhos,

6 meses para mudar







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